segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PALETA DE CORES

Esta paleta foi que usei para fazer a minha máscaraCom os tons em azul, branco e a mistura de vermelhoe verde para dar o tom de marrom.

Esta paleta foi usada para o grupo todo.
















































PROJETO CRIAÇÃO DAS MÁSCARAS



UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB



UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB



SUPORTE CÊNICO


Estrutura do projeto Final
PROJETO DA CRIAÇÃO DAS MASCARAS





Por:
Jaqueline Sebastiana da Silva
Janaina Luisa da Silva
Vladimir Correa Fonseca
Eli Mara Zugolaro



Pólo Barretos –SP 2009




Universidade de Brasília - UNB
Universidade Aberta do Brasil - UAB
Curso: Licenciatura em Teatro.
Disciplina: Suporte Cênico
Turma: TEA 1.
Professor (a) Autor (a): Sonia Paiva
Tutora a distancia: Luana Fontes Ribeiro
Tutora presencial: Luciana Helena Reis

Tarefa 2 – Semana 7 - Criar a estrutura do projeto final em grupo.
Projeto de Mascaras para peça “Saltimbancos” adaptação de “os Saltimbancos” de Chico Buarque de Holanda.

I- Apresentação

Ao iniciarmos um trabalho teatral principalmente tendo como publico “ alvo” as crianças, nos perguntamos: Como deveria ou como deve ser feito? Sabemos da sua importância, não pelo simples fato de estarmos formando um publico para teatro (adulto), mais também atentar- se a aspectos emocionais, mentais e intelectuais da referida platéia.
Sendo assim considerando que o publico infantil necessita de referencias claras é fundamental refletir sobre aspectos como: texto (com carpintaria teatral), conflito claro (com desenvolvimento e finalização); aspectos interativos, boa dicção dos atores, compreensão, ações e movimento dos personagens, assim como aspectos lúdicos, que podem ser concretizados em cenografia, figurinos, adereços e maquiagem.
Partindo dessas premissas vemos por necessidade a confecção de quatro mascaras para compor a linguagem estética do espetáculo “Saltimbancos” este uma adaptação da obra "Os Saltimbancos" de Chico Buarque de Holanda.
Portanto este projeto consiste na elaboração de um plano de execução de quatro mascaras para os personagens: Jumento, Gata, Cachorro e Galinha do referido espetáculo teatral.
O ponto de partida para a concretização deste projeto é o uso de características conceituais da Commedia Dell' Arte, ou seja, através de uma profunda pesquisa teórica colocar em pratica pontos fundamentais que consideramos com o uso da mesma, tais como: a relação zoomórfica com os personagens; a utilização da meia mascara e o despojamento e coerência na linguagem estética.

II- Justificativa

A utilização e a presença das mascaras para os animais (personagens) no espetáculo “Saltimbancos” tem o propósito de compor e somar com aspectos lúdicos, juntamente com cenários, figurinos e adereços. Esta somatória nos dá condição de apresentar e ressaltar não apenas uma boa estética mais também personalizar características fundamentais de cada personagem , colaborando com ações internas e externas , movimentos, conceito e linguagem do espetáculo. A utilização de mascaras propõe também o distanciamento não somente entre ator/ personagem mais também assume características zoomórficas remetendo –se ao mundo animal onde destacam características físicas e comportamentais de cada personagem referido.

III- Objetivos gerais

A utilizar máscaras nos personagens, pois esta necessidade vem de encontro a uma estética mais despojada( popular e despretensiosa) e que ressalta o lúdico e a pantomima.

IV -Objetivos específicos

Utilização da Commedia dell’ arte como estilo estético para reforçar o aspecto zoomórfico dos personagens ( através de Máscaras)
As máscaras possibilitam uma funcionalidade nas ações ( intencionalidade) e desenho claro da composição de personagens, que reforçam seus aspectos psicológicos,
Utilização de cores fortes e uso de tecidos e panos coloridos nos cenários, figurinos e maquiagem, reforçam o despojamento estético e traz a uma não formalidade estética, mas cria uma atmosfera menos urbana, e sim um resgate a uma cultura mais mambembe.
V -Plano de execução do trabalho em grupo

A partir do momento que nos foi destinado a confecção das mascaras do espetáculo “Saltimbancos” o grupo se reuniu para montar o cronograma de trabalho onde foi decidido realizar um sorteio para a escolha dos personagens para cada integrante do grupo, para assim ser uma escolha em comum consenso. Sendo assim cada integrante ficou responsável para a confecção de sua mascara.
Uma das grandes preocupações foi seguirmos uma mesma linha estética, e criarmos uma paleta de cores, que nos possibilitasse chegar a um maior despojamento, e uma unidade visual, com preocupação acentuada nos acabamentos e conforto para os atores( por isso mascaras personalizadas).
Seguindo o cronograma de trabalho
O primeiro passo foi a escolha da paleta de cores e o elemento de unidade para todo o grupo. As cores escolhidas foram: Branco, preto, amarelo, vermelho e verde. E o elemento de unidade: a utilização da massa corrida a livre escolha.
Método de produção das mascaras
Utilização dos procedimentos e técnicas de confecção que foram aprendidos em aula presencial, ministrada pela mestra Sonia Paiva em ”Modelagem e o empapelamento das máscaras” .
Tendo por base o molde positivo , modelar com massinha, utilizar a tela de florista, fazer todas as etapas de empapelamento com papel higiênico, fazer a pintura da mascara utilizando as cores escolhidas na paleta individual (tendo por base as cores matrizes decididas pelo grupo) e dar o acabamento desejado utilizando o elemento de unidade determinado (massa corrida). A processo de confecção das respectivas mascaras foi individual. Todo este processo deveria ser realizado em quatro dias,( 5 dias) sendo que no quinto dia(6) convocou-se uma reunião do grupo para fotografar o resultado final, onde todos os integrantes , já mascarados e vestidos de preto, produziram a foto final, como resultado prático.

VI - Conclusão
O processo de confecção de uma mascara teatral necessita de dedicação e pesquisas, pois este não consiste apenas em conhecer a técnica mais sim em saber o contexto no qual esta está inserida e como é possível executa- la dentro da linguagem do espetáculo.
Pensamos que este é um processo gradativo onde a pratica garante um trabalho de grande qualidade estético e de grande efeito dramático onde é essencial procurar manter o bom senso entre, linguagem, conceitos, estética, intenções escolhidas para o espetáculo.
Por problemas de agenda (compromissos dentro e fora do pólo) não conseguimos cumprir a agenda pensada e discutida, mas isso, não nos impediu de realizarmos as atividades propostas e alcançar nossas metas.
O trabalho foi altamente gratificante e prazeroso, e nos apontou algumas dificuldades iniciais, como a dificuldade em modelagem ( a prática é fundamental) e a busca de uma coerência com os aspectos psicológicos dos personagens. O grupo não sentiu grande dificuldade em pintar as máscaras (processo colaborativo – discussões) assim como em escolher a paleta de cores, para isso optamos em reproduzir personagens ( mascaras) com maior despojamento e uma quantidade menor de detalhes. Utilizamos para a realização das fotos, além de roupa preta, elementos como boinas e echarpes.

TÉRMINO DAS MÁSCARAS
















terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tipos de máscaras





TIPOS DE MÁSARAS

Ao colocar a máscara o indivíduo anula sua identidade assumindo outra identidade. Seja qual for suas motivações, a máscara desencadeia uma necessidade essencialmente humana de alteração da realidade objetiva. Re-liga o atual ao arcaico, refaz o percurso sagrado do homem, pois foi através da alteridade propiciada pela máscara que o homem representou.
A máscara surgiu no mundo quando divindade-homem-animal era uma unidade metamórfica, que eliminava as diferenças intrínsecas entre cada ente para que o “eu” fosse também eliminado, valorizando o coletivo. A máscara é esse instrumento de transcendência. Ela supera de modo concreto aspectos de uma realidade, tornando o sujeito um arquétipo. Por isso máscaras eram usadas nas sociedades arcaicas, fosse na África, no Oriente, na Europa ou nas Américas. É uma forma de expressão sobreposta à expressão pessoal do homem que a veste. Rastreando a origem da máscara, termina o teatro se manifestando como força cósmica em meio a rituais populares de culto às divindades. A máscara explica sua natureza: o fingimento de ser deus, por parte dos homens, e de ser homem, por parte dos deuses. Esse movimento dialético do Eu e do Outro vai se transformando com as sociedades. Na Renascença surge a Commedia Dell`Arte que não apenas usa máscaras, como cria uma galeria de tipos estilizados (entonações, tiques estilizados) que eram virtualmente “máscaras”. Um ator se especializava em um personagem e o fazia a vida inteira. Muitas vezes, herdara o personagem do pai, que também passou a vida toda à fazê-lo, e o legava ao filho, que continuaria a tradição. Isso significa que o uso dramático da máscara exige grande preparação do ator. Se apenas envergar a máscara e pendurá-la no rosto, poderá ser um folião, jamais um ator. Ao colocar a máscara o ator se transforma. Seu corpo se transforma, seus gestos se transformam, até sua respiração se transforma.
Temos vários tipos de máscaras entre elas podemos citar:
Máscara larvária, que já apresenta uma sugestão de um personagem, mas ainda de forma incipiente. Os traços são como esboços, que podem misturar a aparência humana com a animal.
Máscara expressiva revela um arquétipo mais definido, com uma história particular.
Máscara neutra é uma Influência do teatro oriental, sua aparência é simétrica e não remete a nenhuma característica particular. Ao contrário, ela não é um personagem, mas um estado. Não tem memória, nem conflitos.
A meia-máscara, que cobre apenas a parte superior do rosto do ator. Nesta etapa, além das expressões corporais, trabalha-se também a voz do personagem.
Máscara abstrata, com formas geométricas, ela permite ao ator trabalhar o ritmo do corpo.
E as máscaras de tipos populares, que são feitas através de nossos personagens tirados de nossa literatura e também do nosso cotidiano.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

PRODUÇÃO DE UM ESPETÁCULO


A produção de espetáculos é uma atividade complexa, que exige habilidade para gerenciar um trabalho, levantar patrocínios e administrar orçamentos. Para isso é preciso um planejamento minucioso sobre a produção cênica, por isso tem que ser feito por uma pessoa que entenda de produção.
O produtor cênico é o profissional capaz de conceber, viabilizar e administrar projetos culturais. Para isso deve ter uma relação profunda com a arte, através da experimentação prática e do conhecimento das artes da cena e seus processos. É um fomentador capaz de articular equipes de artistas e técnicos a fim de promover e desenvolver projetos artísticos.
Em um modo de produção capitalista e no âmbito da cultura de massa, o fazer artístico também gera custos. Quando o artista não produz por diletantismo nem possui outra fonte de renda, precisa de apoio, patrocínio, financiamento, depende, ao menos em parte, de políticas culturais públicas e privadas para viver e se manter com seu trabalho em arte.
A sociedade considera a arte uma forma importante de se exprimir e de se ver expressa, se valoriza esse tipo de atividade e a considera um valor simbólico que a representa e mostra sua auto-reflexão seria coerente que encontrasse formas de viabilizar o fazer artístico.
Por isso se torna muito importante o produtor buscar patrocínios entre as grandes empresas que de alguma forma contribuem para um futuro melhor das pessoas menos favorecidas. Por isso ele precisa por em prática todas as etapas necessárias para a realização do projeto cultural.


ITENS DE UM PROJETO

Apresentação
• O que é o projeto?
• Qual sua missão?
• Quando e onde será realizado?
• Quem são os principais envolvidos e quais suas funções?
• Qual o público-alvo?

Justificativa
Em que contexto se insere?
Qual sua importância/oportunidade neste contexto?
Por que foi pensado e proposto?
Qual seu histórico?
Qual a experiência do proponente?
Qual o diferencial do projeto?
Já foram desenvolvidas outras ações para este público pelo proponente?

Objetivos
Que impacto se pretende causar com este projeto?
Que ações se pretende realizar para alcançar este impacto?

Público alvo
Onde vive?
Qual escolaridade?
Qual idade?
Qual gênero e classe social?
Qual sua relação com o projeto?
Qual estimativa da quantidade de público?

Resultados previstos
Quais serão as metas para cada um dos objetivos?
Quais são os benefícios culturais, sociais e econômicos?

Estratégia de ação
Qual a programação do projeto?
Como ele será realizado? Existem etapas distintas? Quais?
Quem são os responsáveis por cada etapa?

Cronograma
Quais ações culturais do projeto?
Como elas se dividem nas etapas?
Qual o período de cada etapa?

Orçamento
Qual o custo de cada etapa do cronograma?
Quais são as fontes previstas?
Quanto será solicitado a cada fonte?
Qual o valor total do projeto?

Plano de contrapartida
Quais são as contrapartidas?
Como serão realizadas?
Quando e onde?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

COMÉDIA DELL´ARTE

Na Itália, os personagens estereotipados da comédia latina transformaram-se em tipos nacionais e provincianos da Commedia dell’Arte, surgida na Sicília, que arrasava as aspirações mais nobres do homem de ascender a um mundo melhor. A comédia mostrava assim a faceta ridícula de tudo o que era institucionalizado e admirado, inclusive criticando os poderosos através da caricatura. Por isso as máscaras da Commedia dell’Arte, ao contrário do teatro clássico, apesar de serem muito intensas, não remetiam a uma expressão em particular, estavam sujeitas a interpretações diversas. Fundamental então era o trabalho corporal do ator, como se fosse um suplemento para a máscara, expressando o que ela por vezes não podia.
Muitas destas máscaras eram feitas em couro fino, costuradas na roupa branca, sendo as mais conhecidas as dos personagens Pierrot, Colombina, Pulcinela e Arlequim. A Commedia dell’Arte inspirou o carnaval de Veneza, na Itália, que incorporou as máscaras, agora cobrindo apenas metade do rosto, deixando à mostra a expressão da boca. Algumas foram simplificadas a uma singela faixa de veludo, em geral, negra. Estas máscaras primavam pela delicadeza e eram inspiradas nos personagens da comédia. Em Veneza e até em Florença, as máscaras passaram a ser peça de indumentária feminina, como forte elemento de sedução. Até hoje a produção de máscaras em Veneza é tradicional e lucrativa.
As peças giravam em torno de encontros e desencontros amorosos, com um inesperado final feliz. As personagens representadas inseriam-se em três categorias: a dos enamorados, a dos velhos e a dos criados, também conhecidos por zannis (pelo que este tipo de comédia também é conhecida por commedia dei zanni). Estes últimos constituiam os tipos mais variados e populares. Havia o zanni esperto, que movimentava as acções e a intriga, e o zanni rude e simplório, que animava a acção com as suas brincadeiras atrapalhadas. O mais popular é, sem dúvida, Arlequim, o empregado trapalhão, ágil e malandro, capaz de colocar o patrão ou a si em situações confusas, que desencadeavam a comicidade. No quadro de personagens, merecem ainda destaque Briguela, um empregado correcto e fiel, mas cínico e astuto, e rival de Arlequim, Pantaleone ou Pantaleão, um velho fidalgo, avarento e eternamente enganado. Papel relevante era ainda o do Capitano (capitão), um covarde que contava as suas proezas de amor e em batalhas, mas que acabava sempre por ser desmentido. Com ele procurava-se satirizar os soldados espanhóis.